sábado, 28 de janeiro de 2012

Êta sofrimento...

Nesta semana a vida me pegou de jeito e eu pensei “Não vai dar para publicar o texto de domingo”, mas resolvi fazer um esforço no meio da pressão das coisas, e postar algo que li há uns tempos e achei muito bom. Só não vou contar o autor para evitar a "síndrome do já conhecido” que tira antecipadamente o frescor das coisas. Leiam sem referência, com o coração, como se faz com as catedrais góticas e templos antigos de autores desconhecidos. É bom para desenvolver a justa apreciação. Quem quiser tentar acertar o autor depois de ler, diga nos comentários e se acertar eu confirmo. "Ou não", como diz o Caetano (rsrs). Vamos lá:

DISSOLVER O SOFRIMENTO
A maior parte do sofrimento humano é desnecessária. Ele se forma sozinho, enquanto a mente superficial governa a nossa vida. O sofrimento que sentimos neste exato momento é sempre alguma forma de não-aceitação, uma forma de resistência inconsciente ao que é.
No nível do pensamento, a resistência é uma forma de julgamento. No nível emocional, ela é uma forma de negatividade. O sofrimento varia de intensidade de acordo com o nosso grau de resistência ao momento atual, e isso, por sua vez, depende da intensidade com que nos identificamos com as nossas mentes. A mente procura sempre negar e escapar do Agora.
Em outras palavras, quanto mais nos identificamos com as nossas mentes, mais sofremos. Ou ainda, quanto mais respeitamos e aceitamos o Agora, mais nos libertamos da dor, do sofrimento e da mente egóica.
Alguns ensinamentos espirituais dizem que todo sofrimento é, em última análise, uma ilusão, e isso é verdade. A questão é se isso é uma verdade para você. Acreditar simplesmente não transforma nada em verdade. Você quer sofrer para o resto da vida e permanecer dizendo que é uma ilusão? Será que essa atitude livra você do sofrimento? O que nos interessa aqui é o que podemos fazer para vivenciar essa verdade, ou seja, torná-la real em nossas vidas.
Enquanto estivermos identificados com as nossas mentes, o que significa dizer enquanto estivermos inconscientes espiritualmente, o sofrimento será inevitável. Refiro-me aqui ao sofrimento emocional, que é também a causa principal do sofrimento físico e a doença. O ressentimento, o ódio, a autopiedade, a culpa, a raiva, a  depressão, o ciúme e até mesmo uma leve irritação são formas de sofrimento. E qualquer prazer ou forte emoção contêm em si a semente do sofrimento. É o inseparável oposto, que se manifestará com o tempo.
Quem já tomou bebidas alcoólicas ou drogas para ficar "alto" sabe que o alto se transforma em baixo, que o prazer se transforma em alguma forma de sofrimento. A maioria das pessoas também sabe, por experiência própria, como uma relação íntima pode se transformar, de modo fácil e rápido, de fonte de prazer em fonte de sofrimento. Vistas de uma perspectiva mais ampla, tanto a polaridade negativa quanto a positiva são lados de uma mesma moeda, são partes de um sofrimento que está oculto, inseparável do estado de consciência identificado com a mente.
Existem dois níveis de sofrimento: o que você cria agora e o que tem origem no passado que ainda vive em sua mente e no seu corpo. Enquanto não somos capazes de acessar o poder do Agora, vamos acumulando resíduos de sofrimento emocional. Esses resíduos se misturam ao sofrimento do passado e se alojam em nossa mente e em nosso corpo. Isso inclui o sofrimento vivido em nossa infância, causado pela falta de compreensão do mundo em que nascemos.
Todo esse sofrimento cria um campo de energia negativa que ocupa a mente e o corpo. Se olharmos para ele como uma entidade invisível com características próprias, estaremos chegando bem perto da verdade. E o sofrimento emocional do corpo.
Apresenta-se sob duas modalidades: inativo e ativo. O sofrimento pode ficar inativo 90 por cento do tempo, ou 100 por cento ativado em alguém profundamente infeliz. Algumas pessoas atravessam a vida quase que inteiramente tomadas pelo sofrimento, enquanto outras passam por ele em algumas ocasiões que envolvem relações familiares e amorosas, lesões físicas ou emocionais, perdas do passado, abandono, etc.
Qualquer coisa pode ativá-lo, especialmente  se encontrar ressonância em um padrão de sofrimento do passado. Quando o sofrimento está pronto para despertar do estágio inativo, até mesmo uma observação inocente feita por um amigo, ou um pensamento, é capaz de ativá-lo.
 

DESFAZER A IDENTIFICAÇÃO COM O SOFRIMENTO
O sofrimento não quer que nós o observemos diretamente e vejamos o que ele realmente é. No momento em que o observamos, sentimos seu campo energético dentro de nós e desfazemos a nossa identificação com ele, surge uma nova dimensão da consciência.
Chamo isso de presença. Passamos a ser testemunhas ou observadores do sofrimento. Isso significa que ele não pode mais nos usar, fingindo ser nosso eu interior. Então, não temos mais como realimentá-lo. Aqui está nossa mais profunda força interior.
Alguns sofrimentos são irritantes, mas inofensivos, como é o caso de uma criança que não para de chorar. Outros são monstros destrutivos e mórbidos, verdadeiros demônios. Alguns são fisicamente violentos; outros, emocionalmente violentos. Eles podem atacar tanto as pessoas à nossa volta quanto a nós mesmos, seus hospedeiros. Os pensamentos e sentimentos relativos à nossa vida tornam-se, então, profundamente negativos e autodestrutivos. Doenças e acidentes frequentemente acontecem desse modo. Alguns sofrimentos podem até levar uma pessoa ao suicídio.
Às vezes levamos um choque ao descobrir uma faceta detestável em alguém que pensávamos conhecer bem. Entretanto, é mais importante observar essa situação em nós mesmos do que nos outros.
Preste atenção a qualquer sinal de infelicidade em você, qualquer que seja a forma, pois talvez seja o despertar do sofrimento. Ele pode se manifestar como uma irritação, um sinal de impaciência, um ar sombrio, um desejo de ferir, sentimentos de raiva, ira e depressão ou uma necessidade de criar algum tipo de problema em seus relacionamentos. Agarre o sinal no momento em que ele despertar de seu estado inativo.
O sofrimento deseja sobreviver, mas, para isso, precisa conseguir que nos identifiquemos inconscientemente com ele. Então poderá nascer, nos dominar, "tornar-se nós" e viver através de nós.
Ele retira seu "alimento" de nós. Vale-se de qualquer experiência sintonizada com o seu próprio tipo de energia, qualquer coisa que provoque um sofrimento adicional sob qualquer forma: raiva, destruição, rancor, desgostos, problemas emocionais, violência e até mesmo doenças. Portanto, quando o sofrimento toma conta de nós, cria uma situação em nossas vidas que reflete a própria frequência de energia da qual ele se alimenta. Sofrimento só se alimenta de sofrimento. Não consegue se alimentar de alegria. Acha-a indigesta.
Quando o sofrimento nos domina, faz com que desejemos ter mais sofrimento. Passamos a ser vítimas ou agressores. Queremos infligir sofrimento, ou senti-lo, ou ambos. Na verdade, não há muita diferença entre os dois. E claro que não ternos consciência disso e afirmamos que não queremos sofrer. Mas preste bem atenção e verá que o seu pensamento e o seu comportamento estão programados para continuar com o sofrimento, tanto para você quanto para os outros. Se você estivesse consciente disso, o padrão iria se desfazer, porque desejar mais sofrimento é uma insanidade, e ninguém é insano conscientemente.
O sofrimento, a sombra escura projetada pelo ego, tem medo da luz da nossa consciência. Teme ser descoberto. Sobrevive graças à nossa identificação inconsciente com ele, assim como do medo inconsciente de enfrentarmos o sofrimento que vive dentro de nós. Mas, se não o enfrentarmos, se não direcionarmos a luz da nossa consciência para o sofrimento, seremos forçados a revivê-lo.
O sofrimento pode parecer um monstro perigoso, mas eu garanto que se trata de um fantasma frágil. Ele não pode prevalecer sobre o poder da nossa presença.
Quando passamos a observadores e começamos a deixar de nos identificar, o sofrimento ainda continua a agir por um tempo e vai tentar fazer com que voltemos a nos identificar com ele. Embora não esteja mais recebendo a energia originada da nossa identificação com ele, o sofrimento ainda tem sua força, como uma roda-gigante que continua a girar mesmo quando deixa de receber o impulso. Nesse estágio, o sofrimento pode até ocasionar dores em diversas partes do corpo, mas elas não vão durar.
Esteja presente, fique consciente. Vigie o seu espaço interior. Você vai precisar estar presente e alerta para ser capaz de observar o sofrimento de um modo direto e sentir a energia que emana dele. Agindo assim, o sofrimento não terá força para controlar o seu pensamento.
No momento em que o seu pensamento se alinha com o campo energético do sofrimento, você está se identificando com ele e, de novo, alimentando-o com os seus pensamentos. Por exemplo, se a raiva é a vibração de energia que predomina no sofrimento e você alimenta esse sentimento, insistindo em pensar no que alguém fez para prejudicá-lo ou no que você vai fazer em relação a essa pessoa, é porque você já não está mais consciente, e o sofrimento se tornou "você". Onde existe raiva existe sempre um sofrimento oculto.
Quando você começa a entrar em um padrão mental negativo e a pensar como a sua vida é horrorosa, isso quer dizer que o pensamento se alinhou com o sofrimento e você passou a estar inconsciente e vulnerável a um ataque do sofrimento.
Utilizo a palavra "inconsciência" no presente contexto para significar uma identificação com um padrão mental ou emocional. Isso implica uma ausência completa do observador.

TRANSFORMAR O SOFRIMENTO EM CONSCIÊNCIA
Manter-se em um estado de alerta consciente destrói a ligação entre o sofrimento e o mecanismo do pensamento e aciona o processo de transformação. É como se o sofrimento se tornasse o combustível para a chama da consciência, resultando em um brilho de mais intensidade.
Esse é o significado esotérico da antiga arte da alquimia: a transformação do metal não precioso em ouro, do sofrimento em consciência. A separação interior cicatriza, e você se torna inteiro outra vez. Cabe a você, então, não criar um sofrimento adicional.
Concentre a atenção ao sentimento dentro de você. Reconheça que é o sofrimento. Aceite que ele esteja ali. Não pense a respeito. Não permita que o sentimento se transforme em pensamento. Não julgue nem analise. Não se identifique com o sentimento. Esteja presente e observe o que está acontecendo dentro de você.
Perceba não só o sofrimento emocional, mas também a presença "de alguém que observa", o observador silencioso. Esse é o poder do Agora, o poder da sua própria presença consciente. Veja, então, o que acontece.

A IDENTIFICAÇÃO DO EGO COM O SOFRIMENTO
O processo que acabei de descrever é extremamente poderoso, embora simples. Poderia ser ensinado a uma criança, e tenho a esperança de que um dia será uma das primeiras coisas a serem aprendidas na escola. Uma vez entendido o princípio básico do que significa estar presente observando o que acontece dentro de nós -e "entendemos" isso quando passamos pela experiência -, teremos à nossa disposição a mais poderosa ferramenta de transformação.
Não nego que podemos encontrar uma forte resistência interna tentando nos impedir de pôr um fim à identificação com o sofrimento. Isso acontecerá particularmente se tivermos vivido intimamente identificados com o sofrimento emocional durante a maior parte da vida e se tivermos investido nele uma grande parte ou mesmo todo o nosso sentido de eu interior. Isso significa que construímos um eu interior infeliz por conta do nosso sofrimento e acreditamos que somos essa ficção fabricada pela mente. Nesse caso, nosso medo inconsciente de perder a identidade vai criar uma forte resistência a qualquer forma de não-identificação. Em outras palavras, você preferiria viver com o sofrimento - ser o sofrimento - a saltar para o desconhecido, correndo o risco de perder o seu infeliz mas familiar eu interior.
Observe a resistência dentro de você. Observe o seu apego ao sofrimento. Esteja muito alerta. Observe como é estranho ter prazer em ser infeliz. Observe a compulsão de falar ou pensar a esse respeito. A resistência deixará de existir se você torná-la consciente.
Poderá então dar atenção ao sofrimento, estar presente como testemunha e iniciar a transformação.
Só você pode fazer isso. Ninguém pode fazer por você. Mas, caso tenha bastante sorte para encontrar alguém intensamente consciente, se puder estar com essa pessoa e juntar-se a ela no estado de presença, isso poderá ser de grande utilidade, acelerando o processo. Se isso acontecer, a sua própria luz logo brilhará mais forte.
Quando colocamos um pedaço de lenha que tenha começado a queimar há pouco tempo perto de outro que está queimando vigorosamente e, depois, separamos os dois novamente, o primeiro tronco passará a queimar com uma intensidade muito maior. Afinal de contas, é o mesmo fogo. Ser um fogo dessa natureza é uma das funções de um mestre espiritual. Alguns terapeutas estão aptos a preencher essa função, desde que tenham alcançado um ponto além do nível de consciência e sejam capazes de criar e sustentar um estado de presença intensa e consciente enquanto estiverem trabalhando com você.
A primeira coisa para lembrar é que, enquanto você construir a sua identidade em função do sofrimento, não conseguirá se livrar dele. Enquanto investir uma parte do seu sentido de eu interior no seu sofrimento emocional, você vai resistir ou sabotar, inconscientemente, cada tentativa para curar o sofrimento.
Por quê? Porque você quer se manter inteiro e o sofrimento se tornou uma parte essencial de você. Esse é um processo inconsciente, e o único caminho para superá-lo é torná-lo consciente.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Predadores de Consciência

Este texto, difícil de digerir, é quase um mapa, e o assunto foi abordado na nossa publicação “Os Voadores” em novembro de 2010. Ele constata a situação difícil em que nós seres humanos estamos aprisionados. É contado de forma assertiva e  sem muita condescendência num livro de Armando Torres, um índio descendente dos toltecas, ou “homens de conhecimento”, que foi discípulo do xamã Carlos Castaneda, e como as tradições sérias, sugere também a mesma disciplina, “o caminho do guerreiro”, para escaparmos da prisão. O livro é “Encontros com o Nagual” em cuja distribuição no Brasil, pelo amigo Juan Yolilitzli, tive o prazer de ajudar, e hoje é distribuido pelo acadêmico, estudioso de xamanismo e livreiro, Nelson Neraiel no Rio de Janeiro. Vamos lá:
“A continuação de nossa conversa chegou anos depois. Nessa ocasião, Carlos trouxe a uma de suas reuniões um conceito completamente novo e aterrorizante que despertou as mais apaixonadas controvérsias”.
"O homem - disse - é um ser mágico, tem a capacidade de voar pelo universo tal como qualquer uma das milhões de consciências que existem. Mas, em algum momento de sua história, perdeu sua liberdade. Agora sua mente não é sua, é uma intrusão".
Afirmou que os seres humanos são reféns de um conjunto de entidades cósmicas que se dedicam à depredação, as quais os bruxos chamam "os voadores".
Disse que este era um tópico muito secreto dos antigos videntes, mas que, devido a um augúrio, ele havia entendido que já era tempo de divulgá-lo. O augúrio foi uma foto que tinha tirado Tony, um budista cristão amigo dele. Nela aparecia nitidamente a figura de um ser escuro e tenebroso flutuando sobre uma multidão de fiéis reunida nas pirâmides de Teotihuacan.
"Minhas companheiras e eu determinamos que já era tempo de dar a conhecer nossa verdadeira situação como seres sociais, ainda que fosse às custas de toda a desconfiança que tal informação pudesse gerar no público".
Quando me apresentou a oportunidade, pedi que dissesse algo mais sobre os voadores, e então me contou um dos aspectos mais terrificantes do mundo de don Juan: que nós somos prisioneiros de seres que vieram dos confins do universo, que nos usam com a mesma naturalidade com que nós usamos as galinhas.
Explicou:
"A porção do Universo a que temos acesso é o campo de operações de duas formas radicalmente diferentes de consciências. Uma delas, a qual pertencem as plantas e os animais, incluindo o homem, é uma consciência esbranquiçada, jovem, geradora de energia. A outra é uma consciência infinitamente mais velha e parasitária, possuidora de uma imensa quantidade de conhecimento.
Além dos homens e outros seres que habitam esta terra, há no universo uma imensa gama de entidades inorgânicas. Estão presentes entre nós e em certas ocasiões são visíveis. Nós os chamamos fantasmas ou aparições. Uma dessas espécies que os videntes descrevem como enormes vultos voadores de cor negra, chegou em algum momento, da profundidade do Cosmos, e achou um oásis de consciência em nosso mundo. Eles se especializaram em nos ordenhar'''.
"Isso é incrível!" - exclamei.
"Eu sei disso, mas é a mais pura e aterradora verdade. Você nunca se perguntou sobre o porquê dos altos e baixos energéticos e emocionais das pessoas? É o predador que vem periodicamente recolher sua cota de consciência. Eles só deixam o suficiente para que continuemos vivendo, e às vezes nem para isso".
"O que você quer dizer?"
"Que às vezes exageram e a pessoa fica doente gravemente, e até morre".

Eu não dava crédito a meus ouvidos.
"Quer dizer que estamos sendo devorados em vida?", perguntei.
Sorriu.
"Bom, eles não nos 'comem' literalmente, o que fazem é uma transferência vibratória. A consciência é energia e eles podem alinhar-se conosco. Como por natureza estão sempre famintos, e nós, pelo contrário, exsudamos luz, o resultado desse alinhamento só pode ser descrito como depredação energética".
"Mas, por que eles fazem isso?".
"Porque, num plano cósmico, a energia é a moeda mais forte e todos a querem, e nós somos uma raça vital, repleta de comida. Cada coisa viva come a outra, e o mais poderoso sempre sai ganhando. Quem disse que o homem está no cume da cadeia alimentar? Essa visão só pode ocorrer a um ser humano. Para os inorgânicos, nós somos a presa".
Eu comentei que me parecia inconcebível que entidades mais conscientes que nós chegasse à esse grau de rapina.
Respondeu:
"Mas o que você acredita que você faz quando come uma alface ou um bife? Você está comendo vida! Sua sensibilidade é hipócrita. Os depredadores cósmicos não são nem mais nem menos cruéis do que nós. Quando uma raça mais forte consome uma outra inferior, está fazendo com que sua energia evolua.
"Já lhe falei que no universo só há guerra. As confrontações dos homens são um reflexo do que se passa lá fora. É normal que uma espécie tente consumir a outra; o próprio de um guerreiro é não lamentar por isso, mas tentar sobreviver".
"E como nos consomem?".
"Através de nossas emoções, devidamente canalizadas pela tagarelice interior. Eles desenharam o entorno social de tal modo que estamos todo o tempo disparando ondas de emoções que são imediatamente absorvidas. Eles gostam principalmente dos ataques do ego; para eles, esse é um bocado delicioso. Tais emoções são as mesmas em qualquer lugar do universo onde se apresentem e eles têm aprendido a metabolizá-las.
"Alguns nos consomem pela luxúria, a raiva ou o temor; outros preferem sentimentos mais delicados, como o amor ou a ternura. Mas todos eles estão interessados na mesma coisa. O normal é que nos ataquem pela área da cabeça, do coração ou do ventre, ali onde nós guardamos a maior quantidade de nossa energia"-
"Eles também atacam aos animais?".
"Esses seres usam tudo aquilo que esteja disponível, mas eles preferem a consciência organizada. Drenam aos animais e as plantas na medida de sua atenção que não é demasiadamente fixa. Atacam inclusive a outros seres inorgânicos, só que esses sim os vêem e os evitam. como nós evitamos os mosquitos. O único que cai completamente na armadilha deles é o homem".
"Como é possível que tudo isso esteja acontecendo sem que o percebamos?".
"Porque nós herdamos a troca com esses seres quase como uma condição genética, e a estas alturas nos parece algo natural. Quando nasce a criatura, a mãe a oferece como comida, sem perceber, porque a mente dela também está dominada. Quando a batiza está assinando um acordo. A partir daí, se esforça por inculcar modos de comportamentos aceitáveis, o domestica, podando seu lado guerreiro e o transforma em uma ovelha mansa.
"Quando uma criança nasce suficientemente energética para rejeitar essa imposição, mas não o bastante para entrar no caminho do guerreiro, ela se torna um rebelde ou um desajustado social.
"A vantagem dos voadores reside na diferença entre nossos níveis de consciência. Eles são entidades muito poderosas e vastas; a idéia que temos deles é equivalente ao que possa ter uma formiga de nós.
"Porém, sua presença é dolorosa e se pode medir de diversas maneiras. Por exemplo, quando eles nos provocam ataques de racionalidade ou de desconfiança ou nos sentimos tentados a violar nossas próprias decisões. Os lunáticos podem detectá-los muito facilmente - demasiado, diria eu -, já que eles sentem fisicamente como esses seres pousam em seus ombros, gerando paranóias. O suicídio é o selo do voador, pois sua mente é homicida em potencial".

"Você diz que é uma troca; mas, o que ganhamos com tal despojo?".
"Em troca de nossa energia, os voadores nos deram a mente, os apegos e o ego. Para eles, nós não somos escravos, mas um tipo de trabalhadores assalariados. Eles privilegiaram uma raça primitiva e lhe deram o dom de pensar, o que nos fez evoluir; mais ainda, eles nos fizeram civilizados. Se não fosse por eles, nós ainda estaríamos escondidos em cavernas ou fazendo ninhos no topo das árvores.
"Os voadores nos dominam através de nossas tradições e costumes. Eles são os amos das religiões, os criadores da História. Escutamos sua voz no rádio e lemos suas idéias nos jornais. Eles manejam todos os nossos meios de informação e nossos sistemas de crenças. A estratégia deles é magnífica. Por exemplo, houve um homem honesto que falou de amor e liberdade; eles transformaram isto em autocompaixão e servilidade. Eles fazem isto com tudo, até mesmo com os naguais. Por isso o trabalho de um bruxo é solitário.
"Durante milênios, os voadores prepararam planos para nos coletivizar. Houve um tempo em que eram tão descarados que até se mostravam em público e as pessoas os representaram em pedra. Esses eram tempos escuros, pululavam por todos os lados. Mas agora a estratégia deles se fez tão inteligente que nem sabemos que existem. No passado, nos enganchavam pela credulidade; hoje em dia, pelo materialismo. São os responsáveis pelo fato de que a aspiração do homem atual seja de não ter que pensar por si mesmo; não precisa de mais nada, observe quanto tempo alguém agüenta em silêncio!"
"Por que essa mudança na estratégia deles?".
"Por que neste momento, eles estão correndo um grande risco. A humanidade está em um contato muito rápido e qualquer um pode se informar. Ou eles enchem nossa cabeça, bombardeando-nos dia e noite com todo o tipo de sugestões, ou haverá alguns que perceberão e avisarão aos outros".
"O que aconteceria se pudéssemos repelir a essas entidades?"
"Em uma semana recuperaríamos nossa vitalidade e estaríamos brilhando novamente. Mas, como seres humanos normais, não podemos pensar nessa possibilidade, porque isso implicaria em ir contra tudo aquilo que é socialmente aceitável. Felizmente, os bruxos têm uma arma: a disciplina.
O encontro com os inorgânicos é gradual. No principio não os notamos. Mas um aprendiz começa a vê-los no ensonho e logo na vigília - algo que pode enlouquecê-lo se ele não aprende a agir como um guerreiro. Depois que os percebe, pode confrontá-los.
"Os bruxos manipulam a mente forasteira tornando-se caçadores de energia. É com essa finalidade que minhas companheiras e eu desenhamos para as massas os exercícios de Tensegridade que têm a virtude de nos libertar da mente do voador.
"Nesse sentido, o bruxo é um oportunista. Aproveita o empurrão que lhe deram e diz a seu captores: 'Obrigado por tudo, nos vemos por aí! O acordo que vocês fizeram foi com meus antepassados, não comigo!'. Ao recapitular sua vida, literalmente está tirando a comida da boca do voador. É como se você chegasse à uma loja e devolvesse o produto ao negociante, exigindo-lhe: 'Devolva-me o dinheiro!'. Os inorgânicos não gostam disso, mas não podem fazer nada.
"Nossa vantagem é que somos dispensáveis, há muita comida por aí! Uma posição de alerta total, que não é outra coisa senão disciplina, cria tais condições em nossa atenção que nós deixamos de ser saborosos para esses seres. Em tal caso, eles dão meia volta e nos deixam tranqüilos".

O assunto é com todos nós sem exceção. Não adianta “se fazer de tonto para não ir para a guerra”...

domingo, 15 de janeiro de 2012

A Tradição dos Nove Desconhecidos

O Imperador Ashoka
Por alguma razão, o homem moderno considera a evolução como um processo contínuo e crescente, apesar das evidências e descobertas arqueológicas cada vez maiores de que a humanidade já conheceu muito mais e melhor do que hoje. A única razão plausível para esse comportamento  é a auto importância do ego do ser humano moderno, combinada com as descobertas científicas que crescem de maneira exponencial dando-lhe essa falsa sensação de sabedoria exclusiva e insuperável.
A verdade é que já tivemos conhecimentos, em termos qualitativos e quantitativos, muito mais amplos que hoje. Como disse um filósofo, “só é novo o que já foi esquecido”.
As tradições e lendas falam de tempos imemoriais onde o ser humano conhecia técnicas de todo o tipo para influenciar o meio à sua volta e o seu próprio interior.
"Uma delas é a tradição dos Nove Desconhecidos, que  remonta à época do imperador Ashoka (ou Asoka), que governou as Índias a partir do ano 273 A.C. Ele era neto de Chandragunta, primeiro unificador da Índia. Cheio de ambição como o seu antepassado, cuja tarefa quis completar, empreendeu a conquista de Kalinga, que se estendia desde a atual Calcutá até Madras. Os "kalinganeses" resistiram e perderam cem mil homens na batalha. O espetáculo dessa multidão massacrada transtornou Ashoka. Ficou, para todo o sempre, com horror à guerra. Renunciou a prosseguir na integração dos países insubmissos, declarando que “a verdadeira conquista consiste em captar a estima dos homens pela lei do dever e da piedade, pois a Majestade Sagrada deseja que todos os seres animados usufruam de segurança, liberdade, paz e felicidade”.
Convertido ao Budismo e devido à sua maneira de agir,
Ashoka espalhou esta religião através das Índias e do seu império, que ia até à Malásia, Ceilão e Indonésia. Depois o budismo chegou ao Nepal, Tibete, China e Mongólia. No entanto, Ashoka respeitava todas as seitas religiosas. Aconselhava os homens a serem vegetarianos, aboliu o álcool e o sacrifício de animais. H. G. Wells, no seu sumário da história universal, escreve: "Entre as dezenas de milhares de nomes de monarcas que se amontoam nos pilares da história, o de Ashoka brilha quase isolado, como uma estrela".
Diz-se que, consciente dos horrores da guerra, o imperador
Ashoka quis proibir para sempre aos homens que utilizassem a inteligência de uma forma prejudicial. Sob o seu reinado, a ciência da natureza passou a ser secreta, tanto passada como futura. As pesquisas, indo da estrutura da matéria às técnicas de psicologia coletiva, esconder-se-ão, dali em diante e durante vinte e dois séculos, atrás do rosto místico de um povo que o mundo julga apenas preocupado com o êxtase e o sobrenatural. Ashoka fundou a mais poderosa sociedade secreta do Universo: a dos Nove Desconhecidos.
Continua a dizer-se que os grandes responsáveis pelo atual destino da Índia - e sábios como Bose e Ram acreditam na existência dos Nove Desconhecidos - deles recebiam conselhos e mensagens. Com alguma imaginação, é possível avaliar-se a importância dos segredos que poderiam guardar nove homens beneficiando diretamente das experiências, dos trabalhos, dos documentos acumulados durante mais de duas dezenas de séculos. Quais os objetivos que esses homens têm em vista? Não deixar cair em mãos profanas os meios de destruição. Prosseguir as investigações benéficas para a humanidade. Esses homens seriam renovados por cooptação a fim de defender os segredos técnicos de um passado longínquo.
São raras as manifestações exteriores dos Nove Desconhecidos. Uma delas está ligada ao prodigioso destino de um dos homens mais misteriosos do Ocidente: o papa Silvestre II, conhecido sob o nome de Gerbert d'Aurillac. Nascido em Auvergne no ano 920, falecido em 1003, Gerbert foi monge beneditino, professor da universidade de Reims, arcebispo de Ravena e papa por mercê do imperador Otão III. Teria passado algum tempo na Espanha, depois, uma misteriosa viagem tê-lo-ia levado até às Índias, onde captara diversos conhecimentos que causaram assombro no seu séquito. Também possuía, no seu palácio, uma cabeça de bronze que respondia SIM ou NÃO às perguntas que ele lhe fazia sobre a política e a situação geral da cristandade. Na opinião de Silvestre II (volume 139 da Patrologia Latina, de Migne), esse processo era muito simples e correspondia ao cálculo feito com dois números. Tratar-se-ia de um autômato análogo às nossas modernas máquinas binárias. Essa cabeça"mágica" foi destruída quando da sua morte, e os conhecimentos trazidos por ele cuidadosamente escondidos. A biblioteca do Vaticano proporcionaria sem dúvida algumas surpresas ao investigador autorizado. O número de Outubro de 1954 de Computers and Automation, revista de cibernética (não se falava informática na época), declara: "Temos de imaginar um homem de um saber extraordinário, de uma destreza e de uma habilidade mecânica fora do comum. Essa cabeça falante teria sido feita "sob determinada conjunção das estrelas que se dá exatamente no momento em que todos os planetas estão prestes a iniciar o seu percurso". Não se tratava nem de passado, nem de presente, nem de futuro, pois aparentemente essa invenção ultrapassava de longe a importância da sua rival:o perverso "espelho sobre a parede" da rainha, precursor dos nossos modernos cérebros automáticos. Houve quem dissesse, evidentemente, que Gerbert apenas foi capaz de construir semelhante máquina porque mantinha relações com o Diabo e lhe jurara eterna fidelidade".
Teriam outros europeus estado em contacto com essa sociedade dos Nove Desconhecidos? Foi preciso esperar pelo século XX para que reaparecesse este mistério, através dos livros do escritor francês Jacolliot. Jacolliot era cônsul da França em Calcutá na época de Napoleão III. Escreveu uma obra de previsão considerável, comparável, se não superior, à de Julio Verne. Deixou, além disso, várias obras consagradas aos grandes segredos da humanidade. Essa obra extraordinária foi roubada pela maior parte dos ocultistas, profetas e taumaturgos. Completamente esquecida em França, é célebre na Rússia.
Jacolliot é formal: a sociedade dos Nove Desconhecidos é uma realidade. E o mais estranho é que cita a este respeito técnicas absolutamente inimagináveis em 1860, como seja, por exemplo, a libertação da energia, a esterilização por meio de radiações e a guerra psicológica.
Yersin, um dos mais próximos colaboradores de Pasteur e de Roux, teria sido informado de segredos biológicos por ocasião da sua viagem a Madras, em 1890, e, segundo as indicações que lhe teriam sido dadas, preparou o soro contra a peste e a cólera.
A primeira divulgação da história dos Nove Desconhecidos deu-se em 1927, com a publicação do livro de Talbot Mundy, que pertenceu, durante vinte e cinco anos, à polícia inglesa das Índias. Esse livro está a meio caminho entre o romance e a investigação. Os Nove Desconhecidos utilizariam uma linguagem sintética. Cada um deles estaria de posse de um livro constantemente renovado e contendo o relatório pormenorizado de uma ciência.
•    O primeiro destes livros seria consagrado às técnicas da propaganda e da guerra psicológica.
"De todas as ciências, diz Mundy, a mais perigosa seria a do controle do pensamento dos povos, pois permitiria governar o mundo inteiro". É de notar que a Semântica Geral, de Korjybski, apenas data de 1937 e que foi necessário aguardar a experiência da última guerra mundial para que principiassem a cristalizar-se no Ocidente as técnicas da psicologia da linguagem, quer dizer, da propaganda. O primeiro colégio de semântica americano só foi criado em 1950. Na França, apenas conhecemos “A Violação das Multidões”, de Serge Tchokhotine, cuja influência nos meios intelectuais e políticos foi importante, apesar de só de leve tocar no assunto.
•    O segundo livro seria consagrado à psicologia. Falaria especialmente na maneira de matar um homem ao tocar-lhe, provocando a morte pela inversão do influxo nervoso. Diz-se que o judô deriva de certos trechos dessa obra.
•    O terceiro estudaria a microbiologia e especialmente os colóides de proteção.
•    O quarto trataria da transmutação dos metais. Diz uma lenda que nas épocas de fome, os templos e os organismos religiosos de proteção recebem de uma fonte secreta enormes quantidades de ouro muito fino.
•    O quinto incluía o estudo de todos os meios de comunicação, terrenos e extraterrenos.
•    O sexto continha os segredos da gravitação.
•    O sétimo seria a mais vasta cosmogonia concebida pela nossa humanidade.
•    O oitavo trataria da luz.
•    O nono seria consagrado à sociologia, indicaria as leis da evolução das sociedades e permitiria a previsão da sua queda.
À lenda dos Nove Desconhecidos está ligado o mistério das águas do Ganges. Multidões de peregrinos, portadores das mais pavorosas e diversas doenças, ali se banham sem prejuízo para os de boa saúde. As águas sagradas tudo purificam. Pretenderam atribuir essa estranha propriedade do rio à formação de bacteriófagos. Mas por que motivo não se formariam eles igualmente no Bramaputra, no Amazonas ou no Sena? A hipótese de uma esterilização por meio de radiações aparece na obra de Jacolliot, cem anos antes de se saber possível um tal fenômeno. Essas radiações, segundo Jacolliot, seriam originárias de um templo secreto cavado sob o leito do Ganges.
Afastados das agitações religiosas, sociais e políticas, resoluta e perfeitamente dissimulados, os Nove Desconhecidos encarnam a imagem da ciência calma, da ciência com consciência. Senhora dos destinos da humanidade, mas abstendo-se de utilizar o seu próprio poder, essa sociedade secreta é a mais bela homenagem possível à liberdade em plena elevação. Vigilantes no âmago da sua glória escondida, esses nove homens vêem
se fazer, desfazer e tornar a se fazer as civilizações, menos indiferentes que tolerantes, prontos a auxiliar, mas sempre sob essa imposição de silêncio que é a base da grandeza humana.
Mito ou realidade? Mito soberbo, vindo das profundezas dos séculos - e ressaca do futuro".

Essas informações são citadas no instigante livro "O Despertar dos Mágicos" de Louis Pauwels e Jacques Bergier, ambos entusiastas do Realismo Fantástico. É  um livro de cabeceira desde a minha adolescência, e mostra que esses assuntos "modernos" citados (técnicas de propaganda, guerra psicológica, psicologia, microbiologia, transmutação de elementos, comunicação extraterrena, gravitação, cosmogênese, Luz, previsões sociologicas, etc.) não são privilégios do nosso tempo. Só parecem novos porque há muito foram esquecidos...

domingo, 8 de janeiro de 2012

Quem Você É - Eckhart Tolle

Há tempos atrás editamos um vídeo de Eckhart Tolle  sobre O que é a Meditação. Agora vamos falar da prática da  Meditação, mas de "quem você é" abaixo da superfície, escondido atrás da "pessoa". É a transcrição de uma reunião de Eckhart Tolle. Vamos lá:
"- Onde quer que você esteja, este momento é o Agora, o momento presente...
O tempo e as datas, coisas desse tipo, são coisas que nós impomos sobre a realidade. Em si mesmas, elas não têm nenhuma existência real, são um tipo de referência que nós impomos para que possamos funcionar no mundo, e não há problema nisso.
Então em última análise, em um certo nível, é verdadeiro dizer que hoje é tal dia de tal mês, tal hora e tantos minutos, seja qual for a hora, mês e ano. Em um certo nível, isso é verdadeiro. em outro nível, isso não é verdade, porque só existe a presença deste momento.
Da mesma forma que não existe Linha do Equador! Eu me lembro de visitar o país Equador e lá existe uma atração turística que é uma linha que diz:"Aqui é a linha do equador.", e as pessoas vêm e tiram fotos do equador, que é uma linha desenhada.É claro que é uma linha imaginária, por acaso aquele é o ponto equidistante entre  o pólo norte e o pólo sul, mas não existe nenhum equador, nós impomos isso, sobrepomos isso sobre a realidade.
Então em última análise não existe nenhuma Linha do Equador, não existe o tempo do relógio, nós podemos funcionar dentro dele, sem ficar presos nele, e sem acreditar por  completo que ele seja a realidade absoluta.
E nós impomos muitas outras coisas sobre a realidade, sobre nós mesmos, como por exemplo nosso senso de identidade, um nome, uma história, a história pessoal, todos os tipos de medos e desejos, e muitas outras coisas que constroem o nosso senso psicológico de identidade.
Elas possuem alguma realidade, mas não são a realidade absoluta. Então se você observar o tempo, a hora do relógio, se você se aprofundar nele, você acaba no momento presente, onde não existe tempo, existe sempre apenas isto.
E aqui estamos em nossa meditação hoje, estamos aqui para ir mais fundo pra dentro de nós mesmos, para que possamos descobrir esse nível mais profundo de “quem nós somos”, que não é relativo, mas que é absolutamente verdadeiro. Tudo o mais é então reconhecido como relativo.
Essas coisas têm seu lugar: sua história pessoal, seu passado, seu futuro, sua situação de vida, sua situação de saúde, situação financeira, de moradia, seus problemas e preocupações. Sim, está tudo lá, mas a sua vida se reduz a isso somente? Isso é tudo que você conhece? A sua situação de vida, suas circunstâncias pessoais?
Você está consciente de alguma outra dimensão na sua vida? A maioria das pessoas não está. Elas estão consumidas por suas situações de vida, e elas estão completamente identificadas com um senso de personalidade, que é derivado da atividade mental, o fluxo de pensamento, todas as coisas que a voz dentro da sua cabeça, está te dizendo, sobre quem você é.
E tudo isso, é claro, é condicionado pelo passado.
A pergunta mais importante na vida de qualquer pessoa, na sua vida é:"Existe algo mais em quem eu sou, do que o que os olhos podem ver
"Existe mais em quem eu sou do que o que meus sentidos percebem, ou sabem sobre mim mesmo, do que os pensamentos flutuando na minha mente? Existe um nível mais profundo em quem eu sou? Porque se existe, e eu nem sequer investiguei isso, nem sequer tentei chegar num nível mais profundo dentro de mim mesmo, então eu estive perdendo uma oportunidade maravilhosa, o propósito mais profundo da minha vida.
Eu não estou pedindo a você que acredite em nada, eu não estou pedindo que você acredite na dimensão transcendente de quem você é, mas eu estou te convidando a abrir a mente e estar aberto à possibilidade, Este é o ponto inicial: estar aberto à possibilidade de que possa existir um nível mais profundo em quem você é.
Algo mais profundo do que "a pessoa", que existe no tempo, e é condicionada pelo tempo, pelos eventos que aconteceram, que se tornam lembranças acumuladas, memórias conscientes e inconscientes.
E esse acúmulo de memórias, para a maioria das pessoas, é a base do seu senso de existência, e elas estão presas nisso. Então a questão é”Existe uma dimensão mais profunda em mim?” Ou existe apenas a história sobre mim mesmo, na minha mente? Existe algo além das minhas preocupações pessoais? Existe algo que talvez seja mais importante do que todas as coisas que eu penso serem extremamente importantes na minha vida? Meu problemas, minhas circunstâncias, todas essas coisas.Existirá algo talvez que seja mais importante que isso?. Não estou dizendo pra você negligenciar esse nível da realidade, mas existe algo mais profundo? E tudo o que você precisa dizer, é  claro, é: “Estou aberto a essa possibilidade”,'Pode ser que exista, pode ser que não.' Isso é tudo.
Mas se você já começar dizendo: “Eu não acredito em nada mais profundo.', então você já está fechado.É claro que, nesse caso, você nem estaria aqui, escutando isso.
Então, nesta meditação, ou em qualquer meditação verdadeira, e, aliás, esta não é uma meditação convencional, não iremos usar nenhuma técnica, senão a experiência direta. Em qualquer meditação sua intenção é de.contatar esse espaço mais profundo dentro de você.
Qual é nosso ponto inicial? Nosso ponto inicial tem que ser sempre a realidade deste momento.Se você quiser se aprofundar, você tem que começar sempre a partir da realidade deste momento, a simples realidade deste momento.
Qual é a realidade deste momento para você? agora? A percepção sensorial está acontecendo, você vê essa imagem minha, você ouve a voz, você está percebendo isso, na periferia disso, você está consciente do seu arredor, apesar de você estar mais concentrado em mim e em ouvir minha voz, porque esta é a direção para a qual você  está escolhendo levar sua atenção neste momento, mas você também tem consciência periférica do seu ambiente,é claro, isso tudo ainda está aí.
Você talvez esteja consciente do seu corpo, sentado  na cadeira, ou onde quer que esteja, a percepção sensorial. E talvez você esteja consciente de certos sentimentos que você pode estar tendo, e pensamentos passando pela sua cabeça, ocasionalmente, ainda.
Eles vêm e vão. Alguns pensamentos podem querer tomar a sua atenção por completo, e então você perde o foco das minhas palavras, isso pode estar acontecendo com alguns de vocês, alguns pensamentos vêm e levam sua atenção embora daqui. E tudo o que você precisa fazer é trazer  a sua atenção de volta, quando você perceber isso, traga sua atenção de volta para este momento. Nós chamamos isso de "se tornar presente", neste momento.
Você está consciente de o que quer que esteja surgindo no espaço deste momento,e você o aceita como ele é, porque ele já é. Este é um bom ponto de entrada para qualquer meditação que você queira fazer. O portal para o estado meditativo, para a consciência de presença é “permitir que a realidade deste momento seja como ela é”.
Por que? Porque ela já é. Este momento já é como ele é.
Internamente, você não exige que este momento seja diferente, por exemplo:você não precisa dizer 'Porque você não pára de falar, nós deveríamos estar meditando!'ou então "Eu não estou experienciando o meu eu  mais profundo, do que você está falando. Tudo o que precisamos fazer para nos tornarmos presentes, que é onde a meditação nos leva,é nos tornarmos presentes com o simples fato do “ser deste momento”. Isto é o que é.
Desde tempos remotos os filósofos e sábios, alguns escritores, têm discutido a possibilidade de que o que nós experienciamos como nossas vidas possa ser um tipo de sonho. Então, seja lá o que for que você esteja experienciando agora, neste momento, você não pode saber, em termos absolutos, que isto não é um sonho. E, de algumas formas, a vida possui uma qualidade onírica, seja lá o que for que você estiver experienciando, porque tudo passa muito rapidamente, se evapora como um sonho.
Onde está o jantar de ontem à noite? Evaporou como um sonho! Mas mesmo se for um sonho, deve haver algo que possibilita este sonho.
Se é um sonho, ou esta coisa parecida com um sonho, que são todos os conteúdos que existem no momento presente, deve haver algo que possibilite a existência deste sonho! Deve haver algo que possibilite que a realidade deste momento exista! E seja conhecida. E é claro, “você” é esse algo.
Neste momento, eu estou pedindo que você sinta, por assim dizer, dentro de você mesmo, o simples fato de que “você é a fundação, por assim dizer, da realidade deste momento”, seja qual for a forma deste momento à sua volta.
Em outras palavras, você pode sentir o simples fato de que você existe? 'Existir' pode não ser a palavra certa. Você pode sentir o simples fato de que você É?. Sua “seidade”, sua presença, através da qual, todas essas coisas estão sendo percebidas! Aqui, neste momento, até mesmo a minha voz...
Você pode sentir? Isso é algo muito imediato, eu estou pedindo que você direcione a sua atenção, o foco de sua atenção, para longe das percepções sensoriais, apesar delas permanecerem onde estão, mas não colocar a sua atenção nelas, nem sequer  colocar a sua atenção na minha voz, ou na imagem na tela. Sim, ela ainda está aqui, você ainda está percebendo a imagem, mas o que eu estou te pedindo é que coloque sua atenção no próprio fato de que você está consciente. Pode-se dizer, colocar a atenção na própria atenção.
A consciência que antes estava nos pensamentos e na percepção sensorial, agora se volta para si.E a consciência que antes estava em todo tipo de coisa, incluindo pensamentos, que também são coisas, a consciência se volta para dentro, para si mesma, e percebe aquela presença, aquela presença atemporal inata, que subjaz a tudo que você estiver experienciando.
Você já sabe, eu mencionei isso no livro 'Um Novo Mundo', que em Delphi, na Grécia antiga, o templo de Apolo, havia a inscrição, acredito que ainda esteja lá, 'Conhece-te a ti mesmo'.
O que é menos conhecido do que essa inscrição,é que nesse mesmo templo, há também outra inscrição, e isso remonta a anos atrás, há também a inscrição: 'VOCÊ É'' Você é o que?' VOCÊ É! É isso que está inscrito lá.Quando você lê isso, ou ouve isso, ou isso faz sentido pra você, ou não. Se faz sentido, você por um momento faz: 'Ah!
'Porque nesse momento, essas duas palavras, Você É,  direcionam a sua atenção para a própria atenção. Ou pode-se dizer: direcionam sua consciência para o fato de que você está consciente, ou seja: você se reconhece como consciência, sem forma, atemporal. você é! Não isso ou aquilo, mas simplesmente você se conscientiza de que “você é”.
E é para isso que os antigos sábios já apontavam, há anos. Não é incrível essa inscrição no templo dizendo: 'Você é'? Você não pode entender a verdade disso através da mente pensante, como você não pode entender a verdade do que  eu estou falando através da mente pensante. Porque a mente pensante, a mente conceitual lê isso da seguinte forma: 'Você é'. 'O que isso deveria significar? Não consigo descobrir. 'você é?' deve haver algo faltando aqui.
'Mas apenas através da verdade do 'você é',  ou seja, a verdade do 'eu sou', (porque quando você percebe a verdade do 'você é', ela se torna a verdade do 'eu sou'), a verdade do 'eu sou' não é conceitual, em absoluto, não tem nada a ver com o pensamento e só pode ser percebida fora do pensar.
Então eu estou apontando com a nossa meditação aqui para a possibilidade de se tornar consciente desse nível mais profundo de “quem você é”, que não tem nada a ver com a sua história, ou seus pensamentos.
E quando você percebe que, essencialmente, você é essa consciência não-condicionada, que não tem forma, quando você percebe que, em essência, você é a luz da consciência, a que Jesus chamava 'a luz do mundo', quando você percebe que você é isso, não apenas uma vez, e depois você passa o resto da sua vida:'Eu tive essa experiência incrível há dez anos, eu percebi quem eu sou! Mas agora eu esqueci!'. Não.
É bom ver a possibilidade de viver, ou existir, simultaneamente em dois níveis:
•    o nível do mundo,(em que as coisas precisam ser feitas, e você lida com elas dentro do tempo, sua situação de vida, você tem que lidar com isso e aquilo, sem ser consumido por isso) e é um destino horrendo ser consumido pelas circunstâncias da sua vida, terrível, mas o impulso é muito forte!.
•    a consciência contínua desse nível sem forma de pura consciência, ou “seidade”, o puro 'eu sou', enquanto você está lidando com as coisas deste mundo,  para que você não se perca nelas.
Eu vejo, quando observo as pessoas, o quão facilmente elas se perdem, continuamente, em tudo que surge:  'Tenho que pensar nisso!' E primariamente elas estão se perdendo nas suas mentes, em seus pensamentos,'Tenho que pensar nisso, tenho que lidar com aquilo, tenho que fazer aquele telefonema.' É claro que você tem que fazer os seus telefonemas! Mas, você está se perdendo no mundo? O que é o mesmo que dizer: se perdendo dentro da sua mente! Porque você experiencia o mundo dentro da sua mente e com a sua mente, e esse é o estado do qual, para usar a terminologia cristã, você precisa ser salvo.
Temos esse termo cristão 'salvação'. 'Salvo do quê?' Salvo de estar se perdendo no mundo, estar se perdendo na sua mente! É disso que se trata a salvação.
Infelizmente a maioria das igrejas não entendem mais isso ou não entendem faz muito tempo, entenderam errado o que é salvação.
A salvação é a verdade que vos libertará, outra coisa que Jesus disse: 'A verdade vos libertará. 'Mas antes de dizer isso, ele disse mais uma coisa. Ele disse:'Conheça a verdade, e a verdade vos libertará'. A verdade já é a verdade. Você precisa conhecê-la, e qual é a verdade? A verdade é quem você é, ou “o quê você é por baixo da forma”. É a verdade do 'eu sou'.
Então você existe em duas dimensões simultaneamente, você ainda está no mundo, lidando com as coisas, até mesmo pensando sobre as coisas, se relacionando com outros seres humanos, mas, no plano de fundo da sua vida, por assim dizer, você possui aquele nível do que poderíamos chamar de espaço da consciência, de presença consciente. Ou, poderíamos dizer, você sente a sua “seidade essencial”, a presença essencial, sob todas as coisas que estão continuamente acontecendo.E você pode levar uma vida harmoniosa, e a sua vida é.completamente satisfatória.
Ela só pode ser satisfatória se você não mais procurar satisfação nas coisas deste mundo, o emprego, o relacionamento, as finanças, o sucesso, tudo que as pessoas procuram, posses, todas as coisas nas quais as pessoas procuram satisfação, nenhuma dessas coisas é definitivamente satisfatória como muitos de vocês sabem, já experienciaram isso.
A vida te satisfaz quando você está enraizado na seidade essencial do 'eu sou', e ela não tem nada a ver com o pensamento.Ela é só um espaço de consciência, e isso forma o pano de fundo da sua vida, e você lida com as coisas, sem se perder nelas.
Você traz esse estado de consciência, que se pode chamar de “estado de consciência expandido”, você o traz para dentro das suas interações com as outras pessoas. Isso é de grande importância, e é somente então que você vai parar de tratar as outras pessoas como possíveis fontes de satisfação, ou como uma ameaça, o que é muito normal neste mundo.
Se você não estiver conectado a essa dimensão mais profunda dentro de si mesmo, você olha para as outras pessoas como uma fonte de realização, em outras palavras, você quer que elas façam algo pra você, em algum nível, ou você olha para as outras pessoas como uma  possível ameaça ao seu senso de identidade. Você se aproxima das pessoas com algum medo ou algum desejo, sempre. Ou há algum desejo, ou há algum medo.Terrível!.
E é claro que os relacionamentos não conseguem  funcionar muito bem nesse estado de consciência! Existe conflito contínuo, porque a outra pessoa também está esperando algo de você, seja por algum desejo ou alguma ameaça que você representa.
Quando você não está mais procurando por satisfação nas outras pessoas, ou procurando satisfação nas coisas do mundo, então as coisas do mundo e as pessoas se tornam bem agradáveis! Mas você só encontra isso quando você adquire a sua satisfação continuamente da sua seidade essencial! Em vez de obtê-la das coisas, ou das pessoas.
A realização é sentir. As palavras não captam exatamente o que quero dizer, vamos dizer assim: é sentir a vivacidade da sua essência.
Neste momento, não importa se você está num palácio ou numa cela de prisão, para você experienciar a realidade da sua essência, o lugar onde você está é irrelevante. Também é irrelevante se você falhou totalmente em todos os seus esforços, ou se você é um grande sucesso, aos olhos do mundo. Isso é irrelevante para a realização disso que eu estou falando.
Isso não é um alívio? Bem, é um alívio maior se você falhou em tudo, mas se você tivesse sido bem-sucedido em tudo,  você não estaria nem vendo este vídeo. Você teria que esperar durante mais alguns anos, até que  as coisas entrassem em colapso à sua volta, porque nada neste mundo é tão estável assim.
Então, a vida te realiza porque o momento presente, e aqui nós voltamos àquele portal essencial, o que nós chamamos de momento presente é, em essência, aquele senso do 'eu sou'. O senso do 'eu sou' é o significado mais profundo do agora.É o espaço da própria consciência, no qual tudo acontece. Vem e vai embora.
A realização vem de conhecer quem você é. De se conhecer enquanto a própria presença que fundamenta as coisas que você experiência como sendo o mundo, tanto externamente como na sua mente.
Na Índia, os sábios antigos chamavam isso de 'a felicidade de ser consciente', a felicidade de SER consciente, ou de ser a consciência. a palavra 'ser' é 'sat' em sânscrito,'Sat – Chit - Ananda', quer dizer: “Conhecer a felicidade de estar consciente”, a profunda realização de se conhecer enquanto consciência. E você é isso, em primeiro lugar, em segundo lugar você é a pessoa como a qual você está atuando na sua existência presente neste planeta. E sabe lá qual papel você tem vivido na sua existência presente. Você pode estar vivendo um papel muito trágico, ou você pode estar vivendo uma comédia, ou, em muitos casos, é uma mistura dos dois. Esse é o papel que você vive, seu nome, suas circunstâncias, sua situação de vida. Mas quem é você por trás disso, além disso?.
Você se conhece enquanto o 'eu sou' subjacente?. Isso é tudo. Essa foi nossa meditação, por hoje. Eu  aconselho a, ao sair daqui, não se deixar ser imediatamente arrastado de volta às coisas sobre as quais você tem que pensar e lidar, mas sim, enquanto você estiver fazendo as coisas, a permanecer consciente de si mesmo, no plano de fundo. Consciente de estar consciente. Você sente a consciência.
Quando eu pego alguma coisa, existe espaço no plano de fundo,e não apenas a ação que está acontecendo.
Outra palavra que posso usar é paz. Existe uma  paz no plano de fundo da sua vida. E com isso a sua forma de lidar com as coisas é pacífica! Se você não está conectado consigo mesmo, a sua forma de lidar com as coisas não pode ser pacífica, porque você fica aborrecido e reativo, muito rapidamente.
E você contribui para os problemas do mundo, mesmo se você estiver falando sobre alguma coisa espiritual maravilhosa. Você estará contribuindo negativamente, se você não lidar com as coisas e com  as pessoas de forma pacífica, você estará contribuindo para os problemas do mundo, você não é parte da solução, mas sim parte do problema.
Que coisa maravilhosa que é ver que a forma mais natural de viver é estar conectado com quem você é. A forma anti-natural é estar desconectado. O mundo está essa bagunça tão grande porque  muitos milhões estão vivendo dessa forma anti-natural, em desconexão. Esse é o porquê de estarmos aqui.
Antes de eu me despedir, vamos fazer um breve momento de simples quietude.
Fique bem.
Fique presente.
E não se esqueça de que VOCÊ É."

domingo, 1 de janeiro de 2012

Geometria Sagrada - Introdução


Uma boa forma de penetrar no significado das coisas é pelo seu nome, sua etimologia (origem e significado das palavras). Geometria (medição da terra), e Sagrada (que transcende o comum, o profano), resultam em: “conjunto de pontos definidos da Terra que se ligam a um corpo de nível superior de qualidade e energia”. Esse conceito do “pensar analógico” ou pensar por semelhança, nos remete para a correlação e união entre os diferentes níveis do corpo humano e os do planeta, o que sugere mesmo uma possível “acupuntura da Terra” como meio de cura, como é feito no ser humano. 
Mapeamento de grade - Idade Médi
Se o ser humano foi feito "à imagem e semelhança" de um Ser ou energia superiores, o planeta que é um ser vivo, Gaia, de nível superior ao humano deve analogicamente ter um funcionamento e cura parecidos. Se formos mais além, chegamos à conclusão de que somos todos um só (planeta, estrela, galáxia, cosmo), um grande organismo universal.
 Curiosamente a geometria sagrada era conhecida em todos os tempos em todas as tradições antigas, desde os xamãs indígenas americanos aos povos tibetanos, egípcios, gregos, europeus e por aí afora. Só agora os ocidentais modernos começam a se dar conta disso e estão resgatando esses conhecimentos. 
Vesica Pisces
Eles são uma forte combinação de conceitos energéticos ocultos e sagrados do Invisível, com uma matemática e geometria precisas, baseadas em formas geométricas sagradas como a Vesica Pisces, ou Vesícula do Peixe, a Flor da Vida (ambas obtidas por intersecção de círculos), o triângulo, o hexágono e outras, 
Pontos energéticos da Terra
No corpo do ser humano, com 7 níveis e 7 chakras principais, o nível acima do físico onde estão os chakras e os canais energéticos que os ligam, é o comando imediato das energias que controlam e equilibram o corpo físico. Hoje, voltamos a saber que é a mesma coisa na Terra: há um conjunto de pontos no planeta que ligam o seu corpo físico ao seu corpo energético imediato, estreitamente ligado ao seu campo magnético sempre mutável. 
 Por sua vez o campo da terra é influenciado pelo campo do sol e energias vindas de mais longe, estrelas, galáxias e outros corpos desconhecidos, através de partículas do vento solar, ou ondas, (a ciência moderna ainda não sabe bem) e também raios cósmicos e outras vibrações. Ou seja, está tudo em constante mutação como diz o I Ching, e nós por conveniência e medo de mudança queremos que fique tudo tranqüilo, paradinho e sem solavancos... paciência.
 Esse conjunto de pontos de energia do planeta forma uma grade que era conhecida das tradições antigas e que aparece nos mapas (portulanos) dos navegadores da Idade Média, como é o caso do mapa do navegador turco Almirante Piri Reis. Esses mapas, vindos de milhares de anos atrás, talvez da Atlântida, onde qualquer criança sabia que a terra era redonda (rimos ou choramos?). A ironia e contradição é que na Idade Média, que nós ocidentais chamamos de Idade das Trevas, apesar de, à força, se acreditar na terra plana, conhecia-se essa grade e nós, pretensiosos, estamos agora começando a conhecer.
Esse conjunto de pontos e ligações foi batizado modernamente como A Grade Mundial (The World Grid), e mostra os pontos geográficos que ligam o corpo físico da terra ao seu corpo energético, onde ocorrem fenômenos estranhos e frequentemente catastróficos, tanto físicos (antigravidade, lapsos de tempo, desaparecimentos), psicológicos (esquecimentos, falhas de percepção) e energéticos (luzes, apagão de energia, desvios de rota) devido ao fluxo da energia local.
Essa grade energética já conhecida nas antigas tradições não é considerada ciência hoje, mas tem a seu favor os fatos que ocorrem em seus pontos, cada vez mais estudados por cientistas corajosos que não tem medo de enfrentar o falso ridículo de suas estruturas acadêmicas e entidades classistas arrogantes.
A grade da Terra é uma ampliação do que deve ocorrer entre o chakra humano e o corpo físico, e nós não percebemos, desatentos que somos. O ponto mais explorado e conhecido da grade planetária pela mídia espalhafatosa é o Triângulo das Bermudas, mas há os mais discretos, onde os povos antigos colocaram com precisão matemática cidades, pirâmides, monumentos, ou para ajudar a humanidade ou curar o planeta, ou as duas coisas... Miami, Rio e San Francisco estão entre esses pontos.
 As linhas que ligam esses pontos energéticos foram batizadas de Linhas Ley e sobre elas foram construídas muitas cidades e monumentos no mundo todo. Essas linhas não são exclusivas somente do planeta como um todo, mas podem ser localizadas em subconjuntos menores como os continentes, países, cidades, bairros, sítios, a sua própria casa. As técnicas de Feng Shui, Radiestesia, Geomancia, Geobiologia e outras trabalham sobre esses conceitos cujo ponto fundamental é “harmonizar o ser humano ao seu ambiente em torno”. Se houvesse uma verdadeira Declaração dos Direitos e Obrigações do Ser Evoluído, o primeiro mandamento seria: “O ser humano, animais e plantas tem o direito e a obrigação inalienável de estar bem dentro de Si mesmos e do ambiente no seu em torno, seja onde for”. Acho que vou fazer esse documento e ficar famoso (rsrs).
Então você pergunta: como foi montada essa grade, nos casos do corpo humano e da Terra?

O formato cósmico de Pitágoras
Os 5 sólidos de Platão

Tanto no caso da grade do corpo humano e outros seres,  como do planeta, há três hipóteses a serem estudadas, talvez superpostas, que podem se complementar:
  •   A grade foi feita (no caso da Terra) a partir dos pontos de contato das pontas dos cinco “sólidos de Platão” (conhecimento provenientes da Escola Pitagórica), quando inseridos e encaixados dentro da esfera simbólica da terra
  •     A grade foi feita por pesquisa (de cura no caso do corpo humano, e de eventos históricos no caso da Terra) e também observação dos fenômenos (tentativa e erro), o que particularmente achamos pouco plausível como já dissemos na publicação anterior O Diálogo Interno sobre a Acupuntura nos seres humanos. Mas pode ser...
  •     A grade nos dois casos foi “trazida” à consciência comum por seres humanos privilegiados que acessaram a informação diretamente dos chamados registros akáshicos, em estado de meditação profunda.
Essa Grade Mundial não deve ser confundida com a A Grade dos Pontos de Acupuntura da Terra à semelhança do que ocorre com os meridianos e chakras do corpo humano. No caso da Terra, conhecemos muitas informações divergentes sobre onde estão os pontos principais da “acupuntura da Terra”, ou chakras da Terra alinhados em meridianos como na acupuntura chinesa. Por isso não vamos divulgá-las e deixamos a critério de cada um a pesquisa na esperança de que no futuro tragam do passado ou da meditação informações mais homogêneas e tenhamos uma definição uniforme desses pontos. Cada mídia moderna parece “puxar a brasa para a sua sardinha”.
Há hoje um forte impulso de estudar esse conceito de “corpo energético dos seres vivos” entre os quais se inclui Gaia, a Terra. No Brasil há um pequeno livro esgotado de um artista iugoslavo, Marko Pogacnik, que inspirado pela Litoacupuntura (uso de pedras para curar a geografia do solo) propõe até a mudança do símbolo da bandeira brasileira. Ele fala também da Fundação Matutu no sul de Minas Gerais onde uma comunidade protege a região cheia de nascentes de água: um possível Brasil de amanhã...
Os "vórtices "
 Mas voltando à Grade Mundial, a inserção dos sólidos de Platão dentro do globo da Terra fixa pontos dentro de uma faixa onde estão situados com precisão matemática, tanto pontos naturais estranhos, ou “vórtices ruins” como o Triângulo da Bermudas e o do Dragão, como monumentos de culturas ancestrais (egípcias, maias, incas, mesopotâmicas, chinesas, etc), catedrais góticas, megalitos e outras formações construídas por antigas civilizações para consagrar lugares. Parece um gigantesco jogo de encaixar, um “game” ancestral.
Há muitas obras boas sobre o assunto. Citamos alguns livros (infelizmente em inglês, não traduzidos):
  • de David Hatcher Childress – “Antigravity and the World Grid“ (1987) e “Mapping the World Grid“
  • de Bethe Hagens - “Becker Hagens Grid
Para se aprofundar no assunto é só digitar em português ou inglês  no seu pesquisador de internet expressões como Geometria sagrada, linhas Ley, Grade Mundial, Flor da Vida, Vesica Pisces, ou nomes dos autores de livros e artigos. Tem coisa pra mais de metro...
Divirtam-se.